segunda-feira, 26 de abril de 2010

Uma Viagem Quase Perfeita!


Estava na maior ansiedade de voltar pra minha terra, depois de enfrentar uma eclética banca de professores, na apresentação da minha monografia de pós graduação em Brasília/DF, no inicio de novembro do ano passado, quando chego no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek, na capital federal, meu embarque estava previsto para as 9:50 da manhã no vôo 1998 da GOL, ao ser autorizado a decolagem, o piloto Cmdt Márcio, identificou um problema técnico e comunicou a tripulação que iria retornar a aeronave a posição inicial para ser analisado pelos operadores do aeroporto o que seria o tal problema. Até ai tudo bem, achei uma atitude prudente do piloto em não colocar aquele pássaro de lata no ar, sem antes fazer a tal revisão, só que boa parte dos passageiros do vôo não aceitou e situação e começou o tumulto, era um levantado de gente, uma gritaria, uma muvuca sem tamanho, e olhe que o vôo estava em solo ainda. Com toda a educação e delicadeza as comissárias do vôo explicavam e tentavam acomodar as pessoas avisando que “tudo aquilo era normal”, era um procedimento de rotina. A cabine do vôo avisou para os passageiros que se em vinte minutos a situação não se resolvesse todos seriam substituídos de aeronave. Na poltrona ao meu lado estava em cidadão que não me recordo o nome, até porque não perguntei, apenas sei que era engenheiro sei lá de que, pois abriu a boca diversas vezes só para dizer que era engenheiro, e esse senhor revoltado com a situação chamou a aeromoça e desacatando-a disse que todos os pilotos da Gol eram imprudentes pois o acidente aéreo que ocorreu com o boeing legacye foi uma atitude errada do piloto e aproveitou a situação para tentar denegrir a imagem da companhia, escondendo o medo que estava sentido do que poderia acontecer, a comissária simplesmente ouviu e disse que ele não era obrigado a voar se não quisesse mais que naquele momento ninguém estava autorizado a deixar o avião as portas já estavam fechadas e aguardássemos segunda ordem. Passaram-se 20, 30, 40 minutos e o pânico estava no rosto das pessoas, nenhuma informação chegava. Imagine ai você sem fazer nada dentro de um avião parado com as pessoas xingando o que se passa pela sua cabeça, na minha eu pensava em tudo menos que iria morrer, pois não nasci pra morrer de queda de avião, se bem que seria uma morte chique, mais não está no meu script. Apesar de tudo isso um fato cômico que ocorreu dentro desses minutos de agonia era que os celulares ainda estavam autorizados estar ligados, pois ainda estávamos em solo, bem próximo de mim também estava uma senhora que iria descer na escala que faríamos em Fortaleza, e no meio do pânico ela pega o celular e faz uma ligação para alguém que estava a sua espera no Aeroporto Pinto Martins na Capital Cearense e diz que está no prego: “eu vou atrasar porque o avião deu o prego”, várias risadas tomaram conta nesse momento, a senhora sem perceber nada fez com que muita gente soltasse a maior gargalhada, eu pelo menos fiquei imaginado um avião no prego em pleno vôo, já pensou estamos voando e vôo “dar um prego”, qual seria a primeira nuvem que pararíamos para ir ao borracheiro ou ao posto mais próximo em busca de um mecânico, pobre senhora deve ter sido usada para amenizar a tortura daquele povo (rsrsr). Bom com mais de uma hora parados na pista do aeroporto a GOL resolve autorizar a mudança de aeronave, e ai vários ônibus encostaram do lado do avião para que pudéssemos ser substituído e entrarmos em outro vôo. No final das contas um vôo que duraria pouco mais de duas horas de Brasília a Natal, durou o dobro, mais valeu a aventura e acima de tudo saber que imprevistos testam nossa capacidade de ação e reação.

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